domingo, 21 de junho de 2015

Inchaço Urbano- Mecanização do Campo- Comunidades ( favela )


                                           Inchaço Urbano 



O inchaço urbano é o reflexo do crescimento desordenado das cidades, que em contrapartida está associado aos problemas sociais e de infraestrutura.

Palavras-chave: Inchaço urbano. Urbanização. Problemas sociais. Poluição. Geografia urbana.

                                            Mecanização Do Campo

                     

Você certamente já viu nos jornais, na TV, na internet ou até pessoalmente uma imagem de um grande trator ou colheitadeira atuando em alguma lavoura, tal qual mostra a imagem acima, não é mesmo? É claro que nem sempre foi assim, pois as evoluções tecnológicas no campo ainda são relativamente recentes.

O processo de mecanização do campo, portanto, corresponde à gradativa inserção de novas tecnologias e ferramentas mais avançadas no processo produtivo. Assim, ganham espaço na produção rural equipamentos como as semeadeiras, as colheitadeiras, os tratores e outros, tudo para poder melhorar o desempenho da produção.

Graças a esse processo de mecanização agrícola, aliado à revolução verde, temos hoje uma maior produtividade no campo. Isso significa dizer que uma área rural produz muito mais hoje do que produzia no passado, gerando mais alimentos e também mais produtos para a exportação, o que pode ser considerado como um grande ponto positivo.

Por outro lado, o ponto negativo a ser mencionado é a substituição dos trabalhadores do campo pelas máquinas. Em alguns casos, alguns equipamentos avançados realizam em alguns dias o trabalho que centenas de pessoas fariam em um período maior, o que gera o chamado desemprego estrutural, aquele que acontece quando o posto de trabalho deixa de existir.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os anos de 2011 e 2012, houve uma redução de 756 mil vagas no campo durante o período, o que mostra então uma tendência crescente no espaço rural brasileiro de aumento do desemprego. Ainda segundo o IBGE, na economia brasileira, cerca de 14,2% dos empregos atuais no país são da agricultura, enquanto, em 2004, esse valor era de 20,4% do total.

Outra consequência que pode ser considerada negativa do processo de mecanização do campo é o aumento do processo de êxodo rural. Isso ocorre porque esses trabalhadores desempregados, quase sempre, migram para as áreas urbanas em busca de empregos, intensificando rapidamente o processo de urbanização, sobretudo nas grandes cidades, o que resulta, entre outras coisas, no aumento das áreas periféricas.

Apesar disso, o processo de mecanização do campo é importante para a economia, pois faz com que a atividade agrícola consiga um desempenho melhor. Por esse motivo, é preciso mais atenção sobre esse processo, sobretudo no sentido de desenvolver políticas públicas para auxiliar os trabalhadores do campo, os produtores e também aqueles que necessitam de trabalho e renda.


                                           Comunidades ( Favelas)


As favelas do Rio são hoje um assunto à parte. Durante muito tempo as comunidades carentes sofreram com o descaso do governo e do restante da população. Hoje essa realidade aos poucos começa a mudar. As favelas ganharam a atenção internacional e passaram a ser valorizadas e respeitadas também no Brasil.

As favelas do Rio de Janeiro existem há mais de cem anos. Com diversas origens e histórias, essas construções fazem parte da cidade desde o final do século XIX. Hoje, quase 20% dos cidadãos da cidade moram em favelas. São quase mil comunidades diferentes. Algumas delas viraram complexos e ultrapassaram os cem mil habitantes.

Por muito tempo as favelas foram vistas como causas dos problemas sociais e não como consequência deles. No entanto, esta visão mudou nos últimos anos. A sociedade entendeu que esse tipo de moradia não é um movimento transitório, mas, pelo contrário, integram a vida da cidade, abrigam grande parte da mão-de-obra e constituem verdadeiros centros da cultura carioca.

A história de ocupação de terras no Rio fez com que a maioria das favelas se instalasse inicialmente em áreas geograficamente problemáticas, como encostas de grandes declividade, terrenos erodíveis, depósitos de lixo, baixadas alagadiças, beiras de córregos e rios. Porém, com o passar do tempo, essa deixou de ser a característica principal das favelas, que surgiram também nas partes planas da cidade.

Atualmente as favelas podem estar em encostas ou em planícies, podem ser muito ou pouco densas, podem ter caminhos retilíneos ou tortuosos. O que caracteriza uma favela é a prevalência das áreas privadas sobre as públicas, o sistema viário inadequado, a insuficiência de infraestrutura e serviços, a indefinição da propriedade e a baixa qualidade de vida dos moradores.

As favelas são a expressão física da divisão histórica existente entre ricos e pobres, brancos e negros, escravos e senhores. Vêm de uma herança nativa africana justaposta ao sonho europeu de modernidade. A origem de cada favela depende de sua configuração racial, da origem dos moradores, de sua história social e de sua localização física. Enquanto as mais antigas comunidades assentadas sobre os morros da zona sul foram geralmente fundadas por ex-escravos, as mais recentes, como o extenso Complexo da Maré, são povoadas sobretudo por pessoas chegados da região Nordeste do Brasil.

Hoje boa parte dos moradores das favelas nasceram no Rio, muitas vezes na própria comunidade onde vivem. As diferenças de raça e origens não cabem mais para diferenciar uma comunidade da outra. A miscigenação ainda existe, as origens são diversas, mas o que prevalece é a falta de alternativas de moradia popular próximo ao local de trabalho e aos serviços necessários no dia-a-dia de um cidadão.

Na ausência do Estado, as favelas ficaram sob o comando de facções criminosas do tráfico de drogas, que desde 1970 existem no Rio. O narcotráfico é um dos grandes problemas das favelas. Apenas 1% da população atua no tráfico, mas 100% dos moradores sofrem com as consequências da violência associada. As facções criminosas detêm o poder em grande parte das comunidades carentes. Lutam pelo comando dos pontos de venda da droga e deixam os moradores viverem em constante medo.

Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, é inegável a contribuição das comunidades carentes ao desenvolvimento da música popular, uma das mais notáveis riquezas culturais do Rio. Muito do samba, do funk e do hip hop carioca tem origem nas favelas. Além disso, o carnaval é uma forma de expressar a cultura de diferentes bairros e comunidades que contam suas histórias através de letras de samba e desfiles.

Mas o valor do povo não está representado somente na música ou no carnaval. A população que vive nas favelas faz a cidade funcionar. Acorda cedo, batalha, dirige o transporte público, trabalha nas obras, atende clientes, limpa as casas. Essas pessoas constroem seus lares com as próprias mãos, unem forças por meio de associações, para enfrentar o descaso do poder público, e lutam para conquistar melhores condições de vida.

Entretanto, as comunidades carentes cariocas mudaram muito desde seu surgimento. Casebres feitos de madeira e barro deram lugar a casas de tijolo e prédios, que agora são comuns nas grandes favelas. A maioria das comunidades contam com serviços como água, luz e esgoto. Algumas também possuem uma ampla rede de comércio. No entanto, alguns destes serviços, como o de televisão a cabo, são usados, muitas vezes, de maneira irregular, devido à falta de controle e fiscalização.




Postagens Relacionadas:

← Anterior Proxima → Página inicial

0 comentários: